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a nossa experiência num refúgio de sonho entre o alqueva e monsaraz (ao som do tiktok)

Desde que o Montimerso abriu em junho de 2020, em plena pandemia, que eu estava doida para passar uns dias neste paraíso. Não só porque adoramos esta região do Alqueva, como as fotografias do hotel faziam prever uns dias de sonho. E, de facto, os dias foram muitíssimo bem passados, mas com algumas desilusões e peripécias à mistura.

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O hotel

Chegámos esganados de fome e tínhamos ligado para reservar uma mesa para almoçar.

Fomos recebidos por uma rececionista super simpática que nos tratou logo pelo nome próprio para nos fazer sentir em casa. Fizemos o check in e fomos diretos para o restaurante do hotel para o nosso tão sonhado almoço. Mas se as rececionistas eram ultra eficientes, já o serviço do restaurante foi, no mínimo, sui generis.

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O Montimerso serve refeições leves entre as 13h e as 15h30 no restaurante que tem uma decoração moderna e minimalista com uma varanda com uma vista panorâmica sobre o Grande Lago do Alqueva. Infelizmente estava demasiado calor para almoçarmos na varanda, por isso optámos pelo interior do restaurante que estava bem mais agradável.

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Pedimos o couvert que infelizmente veio com um pão duro da véspera. Uma pena, sobretudo, numa região onde o pão é uma delícia. Ok, era domingo, mas se não havia pão fresco, podiam ter torrado ligeiramente, por exemplo.

Optámos por uns ovos com farinheira e outros com espargos. Infelizmente vieram secos, mas para compensar os pastéis de massa tenra eram ótimos. O meu querido Marido Mistério fez questão de pedir uma salada (só para me fazer sentir culpada! Quem é que pede saladas no Alentejo?) mas esta tinha demasiada alface e muitos croutons e pouca fruta e ainda menos queijo fresco. Já a tábua de queijos e enchidos era razoável.

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Mas a surpresa ficou para a sobremesa. Pedimos uma sericaia para partilharmos. Quando trouxeram a sobremesa, ainda não nos tinham levantado os pratos principais e obviamente não tínhamos pratos de sobremesa. Partilhámos a sericaia com as colheres que nos trouxeram. Os pratos de sobremesa nunca chegaram.
Quando vieram os cafés ainda tínhamos o cesto do pão e os restos do couvert em cima da mesa. Nessa altura, perante o caos, pedi ao empregado se não se importava de levantar os pratos principais sujos. O empregado lá nos fez o favor mas, perante o nosso espanto, decidiu rapar os pratos todos com uma faca, fazendo um barulho ensurdecedor. Empilhou os pratos todos e levou tudo de uma vez.

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Respirámos fundo e fugimos para explorar o hotel, na esperança de nos esquecermos rapidamente da primeira impressão. Confesso que, talvez por ingenuidade minha, nunca imaginei ver os nossos pratos serem rapados e empilhados à nossa fente num hotel que cobra €260 por noite.

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Mas nada nos preparou para o encontro imediato do terceiro grau que iríamos ter na piscina. Já lá vamos. Para já, vamos conhecer o hotel.

O edifício principal alberga a receção, o restaurante e a sala que tem 3 recantos diferentes: a zona do honesty bar, a sala de estar com lareira e a sala de jogos. A decoração é simples, moderna, em tons claros e minimalista.

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Os quartos

A simpática rececionista levou-nos até os nossos quartos. O hotel está dividido em duas alas: a ala Alqueva e a ala Monsaraz. No total, são 7 quartos com vista Alqueva e 4 com vista para Monsaraz, 2 suites com vista para o Grande Lago e 2 suites com vista para a aldeia medieval de Monsaraz, e ainda dois apartamentos: um com um quarto, sala com salamandra e acesso direto para o pátio central e lareira de chão e outro com dois quartos, uma sala com salamandra, também com acesso direto para o pátio central e lareira de chão.

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Nós ficámos num dos quartos com vista Alqueva e adorámos. Recorrendo a cores e texturas naturais, a decoração é simples, minimalista e confortável. Aliás, todo o monte homenageia as casas alentejanas brancas e caiadas com um toque moderno e minimalista. A cama era boa, mas as almofadas médias.

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Os quartos têm muita luz e a casa de banho é espaçosa.

Dois pequenos problemas: o duche não mistura bem a temperatura da água, ou sai a ferver ou sai fria; e entra demasiada luz nos quartos durante a noite, ou seja, quando o sol se levanta, entra tanta luz que acabamos por nos levantar com ele.

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A piscina infinita

É o ex-libris do Montimerso, com uma vista fabulosa para o Alqueva. Estava tanto calor que foi o nosso spot preferido durante os dias que aqui passámos. A piscina está estrategicamente afastada do edifício principal e dos quartos, por isso, tem um pequeno bar onde um jovem viciado no TikTok se encontrava refugiado, sentado num banco, escondido atrás do telemóvel a ver vídeos com o som tão alto que nos dava o privilégio de acompanhar cada tutorial como se estivesse na nossa mão.

Foi então que ouvimos o seguinte diálogo com um casal de hóspedes:

– Boa tarde, tem cinzeiros?

Resposta pronta:

- Não.

- Ok.

Nem uma menção de se levantar para ir buscar um, ou pedir à receção para trazer um cinzeiro para a zona da piscina. O casal de hóspedes ficou tão pasmado que demorou alguns minutos para conseguir fechar a boca de espanto.
Enquanto o casal procurava onde colocar a cinza sem sujar o terraço, o rapaz percorria todos os vídeos do TikTok à velocidade da luz. Nem mesmo quando eu ousei sugerir colocar à sombra a garrafa de água que estava disponível para os hóspedes se servirem, ele conseguiu desviar o olhar do telemóvel.

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A piscina é um espaço ideal para ler, descansar, meditar e até praticar ioga tal é a paz e a serenidade que aqui se vive e sente. Mas só quando há silêncio e, muito especialmente, quando os vídeos do TikTok têm o som desligado.

A única pessoa que conseguiu a proeza de adormecer com aquele barulho de fundo foi o próprio rapaz que caiu literalmente em cima do telemóvel mas infelizmente sem abafar o som dos vídeos que continuavam incessantemente.

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O pequeno-almoço

É servido em buffet entre as 8h e as 11h e é razoável. É variado mas não é inesquecível. Tem à sua disposição, em cima de uma mesa redonda no centro do restaurante, diversos tipos de pão, queijo flamengo, fiambre, queijo fresco, granola, iogurtes naturais, frutos secos, um bolo do dia, manteiga, mel, compotas, sumo de laranja e outro sumo do dia (no primeiro foi de ananás, no segundo de melancia). Depois pode pedir ovos, omeletes e panquecas que constam de uma lista de pequeno-almoço. Se precisar, têm também leites de amêndoa e sem lactose.

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Depois da experiência do almoço logo à chegada, optámos por jantar sempre fora, sobretudo porque também há ótimos restaurantes na região. Mas o Montimerso oferece, entre as 19h às 22h, de segunda a sábado, uma sugestão do chef com um menu diário com entrada, prato principal e sobremesa, por 30 euros, por pessoa, sem bebidas, mediante reserva na véspera.

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As atividades

Além de poder explorar a horta, o pomar e o montado dos 55 hectares da Herdade da Geralda onde está inserido o hotel, pode passear de barco ou andar de caiaque no Alqueva, passear de bicicleta, fazer provas de vinhos, piqueniques, massagens e ioga.

O Montimerso desenvolveu parcerias locais para que os hóspedes possam usufruir de experiências diferentes, como aprender o cante alentejano, andar a cavalo, oficinas de cerâmica, visitas a adegas ou lagares de azeite, entre outros programas.

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À noite, já que estamos em plena reserva Dark Sky Alqueva, o céu estrelado proporciona um dos espetáculos naturais mais deslumbrantes do mundo, porque o céu aqui é mesmo único e especial.

Para mais informações, espreite o site aqui.

 

O bom 

A decoração dos quartos 

O ótimo 

A vista da piscina

O mau 

Os pratos principais sujos na mesa enquanto comíamos a sobremesa

O péssimo

A banda sonora dos TikToks na piscina

 

Boas férias,

Ela

 

fotos: casal mistério e d.r.

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