9 sugestões para conhecer paris como um verdadeiro parisiense

Paris é claramente um destino obrigatório. A cidade é linda, tem charme, tem história e tem muita pinta. Não admira que os americanos cresçam fascinados com “conhecer a Europa”, que é como quem diz ir a Paris. Eu adoro Paris, não propriamente os parisienses que são de facto uns snobs, mas nunca me canso de passear pela capital francesa. Os cafés em cada esquina, as lojas de rua, os inúmeros museus, palácios e jardins são deslumbrantes e encantadores.

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E desde que Emily in Paris estreou na Netflix que a cidade voltou a estar ainda mais na moda, se é que alguma vez saiu de moda. Aliás, Paris é a grande protagonista da série. Por aqui respira-se moda em cada esquina e há tanta coisa para ver e fazer que a Condé Nast Traveler fez uma compilação de dicas e sítios a visitar. Eu escolhi as melhores e acrescentei algumas. Aqui ficam algumas sugestões (do que deve e não deve fazer) para rentabilizar o seu tempo e evitar filas intermináveis de turistas na sua próxima viagem a Paris.

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1 – Não tente ver todas as exposições do Louvre

É praticamente uma missão impossível e só vai sentir frustração e desilusão. Escolha com antecedência o que quer mesmo ver no mais famoso museu da cidade e aproveite o seu tempo para conhecer outros museus mais pequenos e igualmente interessantes. Eu adoro o Museu D´Orsay, por exemplo, com a sua coleção imprescindível de impressionistas, como Degas, Cézanne, Manet, Renoir e Monet. Também tem o Museu de L´Orangerie no Jardin de Tuileries, onde pode ver os famosos Nenúfares de Monet e uma coleção de pós-impressionistas como Matisse, Modigliani e Picasso, ou ainda o Museu Rodin que fica num dos jardins mais românticos de Paris. Não deixe de ir ao Palais Galliera, o principal Museu da Moda da cidade.

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2 – Esqueça a Rive Gauche, o verdadeiro espírito boémio parisiense está no canal Saint Martin 

Eu ainda sou do tempo (não de Sartre e Beauvoir, também não exageremos) em que a zona mais cool de Paris era a Boulevard St. Germain e o bairro St. German des Prés, cujos cafés eram ponto de encontro de intelectuais e artistas. Hoje em dia, continuam cheios de charme e de turistas à procura da melhor selfie. Além disso, os preços das lojas e dos cafés são um absurdo. Os hipsters e boémios da cidade mudaram-se de armas e bagagens para o Canal St. Martin, no 10e arrondissement, onde florescem café e lojas, sobretudo na Rue Beaurepaire. Não deixe de beber uma cerveja na varanda do Paname Brewing Company em cima da água.

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– Não perca horas a subir à Torre Eiffel, suba antes ao Arco do Triunfo 

Numa das vezes que fomos a Paris com os miúdos, ia-me dando uma coisinha má quando o meu querido Marido Mistério teve a brilhante ideia de subirmos a pé para fugir à interminável fila dos elevadores. Que pesadelo. Lembro-me de que na altura contei os degraus: 674, mas juro que acho que me enganei, eram mais seguramente. E isto só para chegar ao segundo andar, nem sequer era o topo da Torre Eiffel. E cá entre nós, nem sequer é a melhor vista da cidade: suba antes ao Arco do Triunfo, onde se pode deliciar com uma vista panorâmica que inclui a própria Torre Eiffel. Ah, e são só 284 degraus.

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4 – Não faça compras nos Champs-Elysées, siga a rota dos parisienses  

Os Campos Elísios são ótimos para passear, mas não se desgrace a fazer compras aqui. Além de caras, têm as grandes lojas e armazéns que encontra em qualquer capital europeia. O bairro Le Marais, por exemplo, tem lojas como Maison Kitsuné, Officine Générale, Sessùn ou Papier Tigre, entre outras, além da adorável Place des Vosges, um dos meus sítios preferidos em Paris. A concept Store Merci tem 3 andares onde nos podemos perder horas a fio tal é o bom gosto do que aqui encontra: coleções de roupas escolhidas a dedo, acessórios, peças de decoração, pop ups com marcas emergentes e um café onde pode descansar das compras. Também a rua Château d’Eau, no 10e arrondissement, é ótima para comprar artigos para casa, decoração e acessórios. Les Halles para artigos de design, roupa e concept stores, como a Sept Cinq e a L’Exception, com designers emergentes franceses. A Galeria Vivienne, situada a norte do Palais Royal, é uma das mais tradicionais e elegantes com livrarias, lojas de roupa, de decoração e cafés.

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5 – Passeie pelo Cemitério Père Lachaise 

Eu sei que parece mórbido e assustador. Mas eu adorei lá ir. Além de bonito e tranquilo, pode visitar os túmulos de Oscar Wilde, Edith Piaf e Jim Morrison. Mas vale a pena fugir das multidões e perder-se nas zonas menos visitadas do cemitério. Também vai encontrar os túmulos do compositor Frédéric Chopin, do escritor Marcel Proust ou do pintor Eugène Delacroix.

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6 – Não deixe de lanchar no Café de Flore

Eu sei que acabei de escrever que a Rive Gauche passou de moda. Mas há coisas que nunca mudam e entrar no Café de Flore é como entrar numa cápsula do tempo. Só lhe falta cruzar-se como o próprio Pablo Picasso ou o Ernest Hemingway quando for à casa de banho. A decoração mantém o seu estilo Art Deco, mas o bom mesmo é sentar-se na esplanada enquanto observa o movimento da Boulevard Saint-Germain, como fizeram Emily e Thomas em Emily in Paris.

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7 – Dois palácios e duas igrejas que não pode mesmo perder 

O magnífico Palais Garnier, onde Emily foi ver o Lago dos Cisnes, os jardins do Palais Royal, onde a protagonista conheceu a sua melhor amiga, Mindy. E passeie ao longo do Sena até à icónica Ponte Alexandre III. Eu adoro passear ao longo do rio. A Catedral de Notre Dame é obviamente um ponto de paragem obrigatório, mas presumo que ainda esteja a ser reconstruída, depois do incêndio. Outro sítio que vale a pena subir (e que implica mais uma subidazinha de escadas) é a Basílica do Sacré Coeur.

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8 – Não derreta o seu orçamento em restaurantes com estrelas Michelin, opte pelos novos bistros 

Na última década, muitos chefs Michelin fartaram-se da alta cozinha e abriram pequenos bistrôs mais informais mas com uma gastronomia de luxo. Os parisienses andam loucos e é cada vez mais difícil arranjar mesa em restaurantes como Le Comptoir du Relais, do chef Yves Camdeborde, ou A L´Epi d´Or e o Clover Grill, do chef Jean-Francois Piège.

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9 – Fique a dormir num boutique hotel

Para quê optar por 5 estrelas ou por pensões quando há perto de 500 hotéis de 4 estrelas em Paris? Eu sou fã de pequenos hotéis de charme, como o Hoxton, por exemplo, o Hotel National des Arts et Métiers, o Hotel des Grands Boulevards com o seu rooftop bar com uma vista panorâmica sobre Paris, o recente Hotel Rochechouart em Montmartre, e o Le Chouchou Hotel que também é um mercado gourmet e palco de eventos com concertos, talks e stand ups.

 

Agora é só marcar a viagem e fazer as malas… Tratas disso, meu querido Marido Mistério?

 

Boa viagem para nós, onde quer que a Emily esteja,

Ela

 

fotos: condé nast traveler e d.r.

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