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o melhor de portugal: as aldeias mais espetaculares em cima do rio

Nesta época em que o turismo em Portugal atravessa umas das maiores crises de sempre, o Casal Mistério e a SEAT  juntaram-se para divulgar o melhor do nosso País: paisagens, passeios, recantos, hotéis, restaurantes e petiscos que tornam Portugal um dos lugares mais fascinantes do planeta.

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Eu, portuguesa de gema, me confesso. Nunca tinha ido ao Castelo de Almourol na minha looooonga e viajada vida. É uma vergonha. É quase um crime. Por isso, quando começámos a planear o destino de junho para a nossa rubrica O Melhor de Portugal, em parceria com a SEAT, decidimos que era desta que ia conhecer o famoso castelo que se ergue numa ilha em pleno rio Tejo. O meu querido Marido Mistério já lá tinha ido, mas não deixou de voltar a ficar deslumbrado. O nosso destino final seria a famosa Aldeia de Dornes, eleita uma das 7 Maravilhas de Portugal, na categoria de Aldeia Ribeirinha. Mas já lá vamos.

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Primeiro sentámo-nos ao volante do novíssimo SEAT Tarraco e-HYBRID plug-in, que combina um motor a gasolina com um motor elétrico, e fomos na direção de Almourol. No início, o carro funciona em modo 100% elétrico, depois, na estrada, começa a usar os dois motores, o elétrico e a gasolina, o que lhe permite poupar combustível e percorrer 730 km sem reabastecimento. E foi assim que chegámos a este incrível monumento emblemático da Reconquista Cristã.

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Que maravilha de castelo! Parece cenário de um filme. Enigmático, ergue-se a 18 metros acima do nível das águas, numa pequena ilha com apenas 310 m de comprimento e 75 m de largura, em pleno rio Tejo. Foi conquistado em 1129 por D. Afonso Henriques que o entregou aos cavaleiros da Ordem dos Templários, na altura responsáveis pelo povoamento do território entre o rio Mondego e o Tejo e pela defesa da então capital de Portugal, Coimbra. Toda a história e a sua localização dão-lhe uma aura de mistério e algum romantismo. Com a extinção da Ordem dos Templários, o Castelo de Almourol passou a integrar o património da Ordem de Cristo. Vale a pena ir de barco até à ilha, tem vários programas com e sem visita ao castelo. Espreite aqui para saber os horários e os contactos.

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Ah e não deixe de beber uma mini com uns belíssimos caracóis no Bar do Castelo, o café mesmo em frente, com uma vista privilegiada para Almourol. Voltámos depois para o volante do fabuloso SEAT Tarraco e fomos confortavelmente na direção de Constância. Ai o que eu gosto deste carro/jipe/monovolume. É um três em um. Tem detalhes deliciosos: além de um excelente GPS, fundamental para descobrimos o Melhor de Portugal, tem saídas USB para carregar aparelhos eletrónicos. Aliás, basta pousar o telemóvel na consola central que começa logo a carregar. 

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A cerca de 6 km do castelo de Almourol, chegámos àquela que também é conhecida por Vila Poema, provavelmente por Luís Vaz de Camões ter vivido aqui (possivelmente entre 1546 e 1547, durante o seu desterro no Ribatejo) e onde alegadamente terá escrito alguns dos seus poemas líricos. A verdade é que, na época, Constância tinha outro nome, bastante sui generis aliás: Punhete. Mas em 1836 a Rainha D. Maria II concedeu-lhe a graça de Constância devido aos inúmeros apelos da população para mudar de nome. Vá se lá saber porquê… A origem do nome vem do tempo dos romanos: Pugna Tagi, o que significa “luta do Tejo”. Mas pronto, imagino as constantes piadas ao melhor estilo português em torno do malfadado nome para levar a população ao desespero e ir bater à porta da rainha.

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O que importa é que ex-Punhete, hoje Constância, é uma pequena maravilha à beira rio. Localizada entre a confluência do Rio Zêzere com o Rio Tejo, tem uma pequena praia fluvial e uma longa margem para passear e fazer piqueniques.

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O que mais me encantou foi o centro histórico com as suas pequenas ruas e ruelas que vão subindo até à Igreja Matriz, lá em cima, solitária e imponente, com um teto pintado por José Malhoa em 1898.

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Constância tem muito charme e pequenos recantos deliciosos como ruas com arcos que parecem autênticos quadros com o rio ao fundo.

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Vale a pena deambular pelas ruelas e espreitar a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, o Pelourinho, a Igreja da Misericórdia, o Jardim-Horto de Camões, a Torre do Relógio e a Capela de Sant´Ana.

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A caminho do nosso destino final, a Aldeia de Dornes, fizemos uma paragem para almoçar na icónica Estalagem do Lago Azul que fica a cerca de 40 minutos de Constância. Mas por favor: não cometa o mesmo erro do que nós. Entre, feche os olhos e só abra quando chegar à varanda do restaurante. Todo o resto do hotel devia ser alvo de um “Querido, Mudei a Casa” radical. Precisava de voltar a renascer das cinzas. Só se aproveita mesmo a vista, até a piscina é démodé… e a alcatifa da sala? E os sofás de pele incrivelmente medonhos? OK, acredito que, nos anos 70, fosse um projeto muito à frente, mas hoje está a precisar urgentemente do toque de Midas do Gustavo Santos. 

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Apesar de tudo, a varanda é um sonho. O ideal é vir aqui beber um copo e pouco mais. Nós arriscámos almoçar e não se pode dizer que tenha sido uma experiência inesquecível. O meu querido Marido Mistério pediu uma sopa de peixe que suspeitou ser de pacote. Partilhámos umas gambas de entrada que estavam boas. Ele arriscou (é um corajoso, este meu marido) pedir um tamboril que estava tão emborrachado como umas havaianas. Eu tive mais sorte: gostei do meu entrecosto mais infelizmente o arroz de feijão vinha requentado. Por isso, já sabe: beba um gin, um copo de vinho ou uma cervejinha e siga para Dornes. São apenas 25 minutos de caminho.

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A Aldeia de Dornes é mais antiga do que Portugal. Situada numa pequena península no rio Zêzere, no concelho de Ferreira do Zêzere, tornou-se um dos principais cartões de visita do concelho. Rodeada por uma paisagem deslumbrante, o contraste entre o azul do rio e o verde da floresta é espetacular. Depois tem um património histórico único: a Igreja de Dornes ou Igreja de Nossa Senhora do Pranto, mandada construir no século XIII pela Rainha Santa Isabel e reedificada em 1453, tem um impressionante órgão de tubos oitocentista e uns belíssimos azulejos no seu interior.

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Ao lado, ergue-se a famosa Torre de Dornes, pentagonal, edificada pelos cavaleiros da Ordem dos Templários para defenderem a linha do Tejo. Foi construída sobre a base de uma antiga torre romana e é hoje considerada um exemplar raro da arquitetura militar da Reconquista. Mas o que vale mesmo a pena é fazer o percurso pedestre Dornes – Vigia do Zêzere. O trilho, em plena floresta, tem paisagens deslumbrantes sobre a Península de Dornes e a albufeira de Castelo de Bode.

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Comece pelo posto de Turismo, percorra a rua principal da aldeia até virar à esquerda e subir até à Igreja de Nossa Senhora do Pranto e à Torre de Dornes. Siga depois as indicações dos vários percursos. O ideal é ir na direção de Vale Serrão, depois suba até Peralfaia. Aqui pode optar por regressar a Dornes ou percorrer o caminho florestal até ao Lagar de São Guilherme. Pergunte no posto de turismo qual o melhor percurso para si. Em qualquer dos casos, vai ter uma vista panorâmica extraordinária sobre a península de Dornes.

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Se for como eu e gostar tanto de andar a pé como de cobras e lagartos, vá de carro. Então se for ao volante do SEAT Tarraco como nós, nem parece que está em plena floresta. É o carro ideal para estas aventuras. E descobri uma coisa extraordinária: os retrovisores do carro ajustam (apontam para baixo) quando colocamos a marcha atrás para ajudar a estacionar. Não é chiquérrimo? A mim dá-me imenso jeito porque sou um bocado desastrada a guiar. Este detalhe aliado às mil e uma câmaras que se ligam cada vez que fazemos uma manobra foram fundamentais para termos conseguido devolver o nosso SEAT Tarraco imaculado, sem um único risco.  

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Ao final do dia, regresse a Dornes e petisque uns camarões na varanda do Café o Rio ou beba um copo no terraço do Segredo dos Templários. Nós não dormimos em Dornes, já que os hotéis por aqui são escassos e não fazem muito o nosso género. Pode sempre dormir em Tomar que fica a meia hora de carro onde tem várias opções como a Casa dos Ofícios, o Thomar Boutique Hotel ou o Hotel República.

Quer saber onde dormimos? Mistério… isso fica para um outro post.

 

Boas férias,

Ela

 

fotos: casal mistério e d.r.

 

Este post foi feito com o apoio da SEAT 

 

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RECEITA DE MOLOTOF DE CARAMELO

Ingredientes: 5 claras 5 colheres de sopa de açúcar Caramelo líquido q.b. Preparação: Numa tigela bata as claras em castelo até ficar bem firmes. De seguida, junte o açucar e o caramelo. Bata mais um pouco. Unte a forma com caramelo e deite o preparado anterior. Leve ao forno a 180º entre 7 a 10 minutos. Retire e desenforme. Nota: Não abra o forno enquanto a cozedura. Deixe arrafecer o molotofe dentro do forno. Bom Apetite!! Fonte:

Bolo de Abóbora da Clara de Sousa....é uma maravilha!

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Bolo de ananás formidável... bem fofinho e húmido

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