Skip to main content

passámos uma noite num dos barris de luxo da quinta da pacheca, que já reabriu com o selo “clean&safe”

Desde que a Quinta da Pacheca inaugurou as suas suites Wine Barrels que estava doida para experimentar. Achei a ideia muito gira e uma experiência original. Já conhecíamos a quinta, já tínhamos feito ali uma prova de vinhos e chegámos a experimentar o ótimo restaurante quando andámos a explorar o Douro. Mas nunca tínhamos dormido ali, e os Wine Barrels foram o pretexto que precisava para conseguir convencer o meu querido Marido Mistério.

xo-gallery-2-1582805106055.jpg

Claro que não foi preciso muito para o convencer porque Ele adora os vinhos da Quinta da Pacheca e, se passar aqui uma noite, tem uma prova de vinhos incluída. E só isso já é suficiente para fazer o meu querido Marido Mistério saltar de felicidade. Alguém me explica como se faz aquele Branco Grande Reserva? É de loucos. Fiquei fã.

MG_0383_1512x.jpg

 

A Quinta da Pacheca

Chegámos ao fim da tarde, ainda antes de imaginarmos que iríamos mergulhar num filme de ficção científica e ficar dois meses trancados em casa por causa da pandemia, e dirigimo-nos à receção da quinta, que se situa na sala do edifício principal.

255090092.jpg

Esta sala tem uma lareira deslumbrante que teve logo um efeito de íman sobre o meu querido Marido Mistério. E enquanto eu estava a fazer o check in, Ele aproximou-se discretamente da lareira, só para poder acrescentar mais um tronco à já imponentes labaredas. É mais forte do que Ele. Acha sempre que todas as lareiras precisam de um pequeno toque, de um ajuste, de uma achega. Enfim. Revirei os olhos e concentrei-me na simpática funcionária que nos recebeu e que me explicava os horários do pequeno-almoço e do restaurante.

91565728_10159019810609714_1252373993491529728_o.j

Fez questão de nos levar num jipe até aos Wine Barrels, apesar de ser um caminho que se percorre em 5 ou 10 minutos a pé. Como estávamos com as malas, aceitámos a boleia de bom grado. E lá fomos até ao nosso barril, guiados pela funcionária que nos explicava com orgulho que, depois das suites em forma de barricas de vinho, já estavam a construir uma nova ala com mais 24 quartos e um SPA com piscina interior, prolongando o edifício original da quinta com uma estrutura moderna que encaixa na perfeição com a fachada principal.

xo-gallery-2-1582805111910.jpg

Os Wine Barrels

São 10 ao todo, 5 de cada lado, com uma vista deslumbrante para a vinha. O projeto arquitetónico é muito giro e original, e como estão afastados do edifício principal, parece que estamos isolados do mundo, rodeados de vinha, de paz e de silêncio. Foi neste cenário rural mas idílico e romântico, que descobrimos o luxo e o conforto do interior dos gigantescos barris onde iríamos dormir.

xo-gallery-2-1582805111955.jpg

O espaço é pequeno mas dá perfeitamente para um casal passar uma ou duas noites. Quando entrámos, a primeira coisa que me chamou a atenção foi a gigantesca porta de vidro em frente, com vista para as vinhas. A sensação que dá é que estamos no meio delas. A segunda coisa que me chamou a atenção foi a cama.

xo-gallery-2-1582805115538.jpg

É redonda. OK, acredito que seja apropriada para se colocar num barril cujas linhas, também elas, são todas redondas. Mas, peço desculpa, fez-me logo lembrar um motel. Chamem-me preconceituosa, mas, para mim, camas redondas são sinónimo de motel. Não faz mal nenhum, até acho graça, é uma experiência diferente, sendo que a qualidade dos lençóis e das almofadas aqui não tem nada a ver com a dos motéis. Ainda, por cima, é uma excelente aliada para apimentar a sua relação. Só não estava à espera. 

xo-gallery-2-1582805118784.jpg

O meu querido Marido Mistério foi direto à mesa do canto direito perto da gigantesca porta de vidro só porque lhe cheirou (parece um cão pisteiro, irra!) ao longe a uma garrafa de vinho do Porto Tawney, cortesia da casa. Já eu estava a explorar a casa de banho, muitíssimo bem escondida e aproveitada no espaço anterior à cama, do lado esquerdo de quem entra pela porta da rua: um lavatório à vista e as duas zonas mais privadas (retrete e duche) mais escondidas. Todas as divisórias são boas, bem decoradas e espaçosas.

As suites têm ar condicionado e um terraço privado muitíssimo agradável, de frente para os 75 hectares de vinha.

73312686_10158413427889714_7414534375322157056_o.j

O restaurante

Já tínhamos vindo aqui almoçar uma vez e nunca me esqueci da cor verde das paredes, da enorme janela de vidro com vista para as vinhas e do armário de madeira escura com a louça Bordalo Pinheiro em exposição.

O restaurante da Quinta da Pacheca tem uma cozinha de autor à base de ingredientes locais. Os pratos típicos da região são reinventados de uma forma original e contemporânea pelo chef Carlos Pires, acompanhados dos magníficos vinhos da casa.

255090152.jpg

Eu deliciei-me com um tataki de atum numa vã tentativa de fazer dieta (depois de partilhar uma açorda de bacalhau de entrada), o meu querido Marido Mistério encheu-me de inveja com um incrível polvo à lagareiro. Conseguimos resistir a uma perna de cabrito e a uma posta mirandesa, entre outras tentações. Mas confesso que o que não me sai da memória até hoje foi aquele Branco Grande Reserva. Que maravilha de vinho. Já o meu querido Marido Mistério é fã dos tintos e do vinho do Porto Vintage.

24958709_10156416391599714_4257530498185889649_o.j

No dia seguinte, o pequeno-almoço foi servido no mesmo restaurante, no edifício principal, em buffet, e teve tudo a que temos direito: pão fresco, panquecas e crepes, compotas, bolos, miniaturas e fruta variada. Tem ovos mexidos, cereais, iogurte, frutos secos, salmão fumado, enfim. O buffet é bom, requintado, com direito ao espumante da casa, mas não é do outro mundo. Cumpre as expetativas para um hotel de luxo.

28616634_10156702263064714_7752617302863832662_o.j

A Quinta da Pacheca reabriu a 18 de maio já com o selo “Safe & Clean”. Para já, abriu apenas a 50 por cento da sua capacidade e garante a distância segura de dois metros entre as mesas do restaurante. Os funcionários recebem os clientes com a devida máscara e tem gel desinfetante nas várias áreas do enoturismo. Por isso, se está com vontade de passar um fim de semana diferente, não hesite porque a experiência vale mesmo a pena.

 

O bom

O restaurante

O ótimo

Os vinhos e a originalidade dos Wine Barrels

O mau 

O gosto duvidoso da cama redonda

 

Um ótimo desconfinamento para si, onde quer que esteja,

Ela

 

fotos: casal mistério e quinta da pacheca

 

Comments

Popular posts from this blog

Bolo de ananás formidável... bem fofinho e húmido

Ingredientes 1 lata de ananás das grandes 2 chávenas de chá de farinha 2 chávenas de açúcar 7 ovos 1 colher de café de fermento em pó Caramelo líquido q.b. 1. Ligue o forno a 180ºC. 2. Separe as gemas das claras e bata as claras em castelo com um pitada de sal. 3. Bata as gemas com o açúcar até obter uma massa homogénea e de seguida verta a calda do ananás. 4. Peneire a farinha e o fermento e junte ao preparado das gemas. 5. Por fim envolva as claras em castelo com gentileza. 6. Unte uma forma de chaminé com o caramelo e forre-a com as rodelas de ananás. 7. Se lhe sobrar ananás, corte aos pedacinhos e adicione à massa. 8. Leve o bolo ao forno por cerca de 35 a 50 minutos, vá verificando com o palito, não deixe cozer demais para não ficar seco. 9. Desenforme quente.  Fonte original todos os direitos reservados a:  http://desastresculinarios.blogspot.com

RECEITA DE MOLOTOF DE CARAMELO

Ingredientes: 5 claras 5 colheres de sopa de açúcar Caramelo líquido q.b. Preparação: Numa tigela bata as claras em castelo até ficar bem firmes. De seguida, junte o açucar e o caramelo. Bata mais um pouco. Unte a forma com caramelo e deite o preparado anterior. Leve ao forno a 180º entre 7 a 10 minutos. Retire e desenforme. Nota: Não abra o forno enquanto a cozedura. Deixe arrafecer o molotofe dentro do forno. Bom Apetite!! Fonte:

Bolo de Abóbora da Clara de Sousa....é uma maravilha!

Ingredientes:  4 ovos 70 g de margarina 350 g de açúcar 600 g de abóbora 120 g de farinha 120 g de farinha maisena 75 g de coco ralado 1 c. (de sobremesa) de fermento em pó Preparação:  Corte a abóbora em pedaços e leve a cozer em água. Coloque a polpa sobre um coador para perder toda a água da cozedura. Calque um pouco se necessário. Depois de escorrida deve ficar com aproximadamente 320 a 350 g. Bata as gemas com a margarina até ficar cremoso. Acrescente um a um os outros ingredientes, abóbora, açúcar, farinha de trigo, farinha maisena, coco ralado e fermento em pó. Por fim, junte as claras batidas em castelo. Unte e enfarinhe uma forma de buraco grande. Leve ao forno pré-aquecido a 180º C durante 40 a 45 minutos. Deixe arrefecer um pouco e desenforme.